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Como conseguir trabalho home office e trabalhar para os EUA?

Strider Staff 27 de Outubro de 2025
Como conseguir trabalho home office e trabalhar para os EUA?

Nos últimos anos, o trabalho remoto internacional se consolidou como tendência, especialmente no setor de tecnologia. Profissionais da América Latina vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado americano, impulsionados pela combinação de talento, custo competitivo e adaptação rápida a novas ferramentas. 

Mas como é possível conseguir um trabalho home office e trabalhar para os EUA ao mesmo tempo? 

O resumo é: cuide da comunicação em inglês, invista no currículo, conheça a fundo a empresa na qual pretende trabalhar e, claro, analise cada vaga com cuidado antes de se candidatar. 

Continue lendo para ver a fundo como funciona cada etapa. 

Home office vs. Work from anywhere: qual é a diferença?

Embora a expressão “home office” ou “work from home” sejam comuns, elas não necessariamente têm o mesmo significado. 

As empresas que contratam pessoas para trabalhar remotamente provavelmente têm especificidades sobre o modo de trabalho remoto. 

Quando vemos uma vaga anunciada como “remote work”, nem sempre significa liberdade geográfica total. Ou seja, você não necessariamente pode trabalhar de onde quiser. 

Em muitos casos, as empresas definem restrições relacionadas a questões fiscais, legais ou até de fuso horário. 

Na prática: isso significa que, mesmo sendo trabalho remoto, pode haver exigências de que o candidato esteja em regiões específicas ou mesmo próximas da sede da empresa. 

Já o modelo conhecido como “work from anywhere” é mais flexível, ainda que não tão comum. 

Nele, não há restrição geográfica, e o profissional pode realmente trabalhar de qualquer lugar do mundo. 

Nesses casos, as obrigações legais e fiscais geralmente seguem as diretrizes do país em que a empresa contratante está sediada. 

Preste bastante atenção ao analisar vagas remotas para ter certeza de que o modelo de trabalho à distância combina com seus planos profissionais.

Como se preparar para trabalhar remotamente para os EUA

Fluência em inglês 

O primeiro passo é aprimorar seu inglês, já que ele será sua principal ferramenta de comunicação com equipes globais. 

  • A maioria das vagas requer nível de proficiência C1/C2. No entanto, é possível encontrar vagas no nível B2. Se tiver dúvidas sobre qual o seu nível, pode fazer este teste gratuito
  • Vale investir em cursos online, prática diária e até simulações de entrevistas em vídeo para ganhar confiança. 
  • Lembre-se de que a comunicação com os recrutadores durante o processo seletivo envolve mensagens e gravações de tela — para os testes técnicos, por exemplo. Por isso, fluência na fala e na escrita são requisitos essenciais para conquistar credibilidade em processos seletivos internacionais. 

Histórico profissional acessível 

Outro ponto importante é organizar seu currículo para o mercado internacional. 

  • Evite traduções literais: use uma linguagem que faça com que seu currículo seja facilmente entendido no idioma nativo da empresa recrutadora. 
  • Formate o currículo considerando que o uso de uma plataforma ATS é bem provável. 
  • Nas descrições, foque menos em esmiuçar responsabilidades e mais em destacar resultados concretos dos projetos. 
  • Estruturas claras e objetivas em inglês, priorizando impacto sobre responsabilidades, costumam chamar mais atenção de recrutadores. Assim, suas chances aumentam de forma significativa.

Seja encontrado por recrutadores 

Manter um perfil atualizado no LinkedIn e em outras plataformas também faz diferença. 

  • Deixe o seu perfil traduzido em inglês, além da versão original em português. 
  • Configure seu perfil primário em inglês, preencha todas as informações requisitadas neste idioma, e mantenha suas postagens em inglês e/ou bilíngues. Se precisar ter um perfil em português, use o recurso de traduzir o perfil original. 
  • Destaque certificações ou experiências relevantes, especialmente se foram ministradas em inglês ou foram adquiridas por instituições relevantes nos EUA. 
  • Não descuide do seu perfil: publicar conteúdos de valor e participar de comunidades tech aumenta a visibilidade e contribui para ampliar a rede de contatos
  • Falando em expandir a rede, o networking ativo pode ser tão importante quanto a inscrição em vagas. Siga e se conecte com recrutadores de empresas especializadas. 

Encontre vagas abertas para empresas dos EUA 

Também vale se cadastrar em plataformas especializadas, que disponibilizam as vagas e fazem a ponte entre as duas partes. 

Na Strider, conectamos profissionais da América Latina a empresas americanas em busca de talentos remotos. 

Nossa principal dica é manter o perfil na plataforma sempre 100% preenchido. Isso acaba sendo um diferencial competitivo porque os candidatos com informações completas têm o perfil priorizado durante a triagem — e esses terão a vantagem de serem avaliados antes pelos clientes contratantes. 

Você pode ver essas e muitas outras dicas práticas compartilhadas diretamente por quem vive a realidade de contratar pessoas para trabalhar nos EUA: está tudo no webinar How to Get a Remote Job with a US Tech Company, apresentado por Nicole Barra, co-founder da Strider!

Habilidades que recrutadores internacionais valorizam

Além das competências técnicas, os recrutadores dão muito valor a soft skills específicas do trabalho remoto

  • Comunicação assíncrona clara, organização, disciplina e capacidade de autogestão são fatores determinantes. 
  • A proatividade também é um ponto-chave, já que equipes distribuídas dependem de autonomia para funcionar bem.

Nas hard skills, entram requisitos ligados à área de atuação, como domínio de tecnologias modernas, metodologias ágeis, testes e versionamento de código. Empresas internacionais também observam o fit cultural, avaliando se o candidato consegue se adaptar ao estilo de trabalho e aos valores do time. 

Destacando suas principais experiências 

Muitos profissionais qualificados disputam as mesmas vagas, e é nesse cenário que se diferenciar é uma estratégia crucial. 

Dica 1: valorize resultados 

Considerando que seu perfil nas plataformas e seu currículo são a porta de entrada, mostre resultados concretos ao invés de listar apenas responsabilidades: compartilhe números de projetos entregues, impacto em processos ou melhorias alcançadas. 

Lembre-se de que as primeiras impressões sobre seu currículo duram literalmente segundos: por isso, esse tipo de evidência ajuda recrutadores a enxergar rapidamente o valor que você pode agregar. 

Dica 2: ressalte o perfil colaborativo 

Outro ponto é valorizar experiências que tragam vantagem competitiva frente a candidatos de outros países. 

Projetos multiculturais, flexibilidade em fusos horários ou capacidade de adaptação em contextos diversos podem ser diferenciais importantes. 

Ao estruturar seu perfil com quando, onde e como você contribuiu aumenta as chances de se destacar no processo seletivo.

Atenção às exigências fiscais e legais

Uma dúvida comum que pode surgir é como empresas dos EUA contratam estrangeiros sem vínculo trabalhista direto. 

A resposta é que, na maioria dos casos, esses profissionais atuam como contractors, formalizados via plataformas intermediárias. 

Essa forma de trabalho garante segurança jurídica tanto para a empresa quanto para o contratado, além de simplificar processos fiscais.

Similar ao nosso contrato PJ no Brasil, esse modelo traz algumas vantagens. O profissional pode receber em dólar e até aproveitar benefícios fiscais como exportador de serviços no Brasil. 

O importante é entender que, embora não exista vínculo formal de emprego nos mesmos moldes que no Brasil, a legalidade está preservada e a empresa contratante tem responsabilidades com os prestadores de serviço. 

Se tiver dúvidas, sempre vale a pena tentar esclarecer esses pontos durante o processo de entrevista, ou mesmo consultar um profissional especializado em legislação trabalhista internacional.  

Dicas extras para aumentar suas chances de conseguir trabalhar remotamente 

Projetos paralelos e contribuições em open source são ótimas formas de enriquecer o portfólio. Eles mostram iniciativa, atualização e interesse em colaborar com comunidades globais. 

Para áreas técnicas, como Engenharia e Tecnologia, essas experiências têm peso significativo e ajudam a destacar candidatos com perfis semelhantes.

Outro cuidado é se preparar previamente para entrevistas técnicas e culturais em inglês. Pesquise sobre o serviço da empresa e demonstre interesse em aprender sobre o trabalho a ser realizado já na entrevista. 

Por fim, invista em um bom setup de trabalho: conexão de internet estável, espaço estruturado, iluminação boa e ergonomia fazem diferença no dia a dia do trabalho remoto. Garantir que você tem uma boa estrutura também mostra para os recrutadores que você investiu no seu espaço de trabalho e está pronto para se dedicar ao trabalho. 

Próximos passos para o trabalho remoto nos EUA

Como vimos, conseguir trabalho home office para empresas dos Estados Unidos é totalmente viável, desde que haja preparo estratégico. 

Com dedicação e atenção, é possível se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

Com tudo isso pronto, o próximo passo é agir. Cadastre-se sem custos na Strider, crie seu perfil de forma completa e tenha acesso às vagas disponíveis para profissionais da América Latina que buscam trabalhar de forma remota nos EUA!

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