Planos de carreira: descubra caminhos de crescimento

TL;DR
- Entender seu plano de carreira é o primeiro passo para assumir o controle do seu crescimento.
- Diferentes modelos oferecem caminhos distintos de evolução.
- Combinar habilidades técnicas e de gestão amplia seu impacto e destaque no mercado.
- Um plano bem definido abre espaço para oportunidades internacionais e salários competitivos.
Para um profissional de tecnologia, “apenas fazer o trabalho” não é mais suficiente. O mercado muda rápido, as ferramentas evoluem todos os dias e as expectativas sobre quem ocupa posições técnicas também. Nesse cenário, a estagnação se tornou o maior risco, especialmente para quem busca crescimento, relevância e oportunidades globais.
Ter clareza sobre o plano de carreira é o caminho para escolher o melhor ambiente para trabalhar, investir nas competências certas e alinhar suas ambições às oportunidades oferecidas pela empresa.
Qual o valor de entender sobre planos de carreira
Nos últimos anos, o mercado de trabalho tem revelado um movimento entre profissionais que se sentem desmotivados ou desconectados do próprio propósito.
Expressões como quiet quitting, boreout, rage applying e quiet cracking ganharam força justamente porque refletem uma realidade: cada vez mais pessoas estão perdendo o senso de direção dentro das empresas.
Esses fenômenos têm algo em comum: a falta de clareza sobre o que realmente motiva cada profissional e qual caminho faz sentido seguir.
Entender sobre planos de carreira é, portanto, uma forma de reconectar o propósito com a ação, transformando o trabalho em um espaço de aprendizado e crescimento — e não apenas de rotina.
As consequências indesejáveis da falta de clareza profissional
Quando você entende seu plano de carreira, passa a tomar decisões mais direcionadas.
Habilidades desajustadas
Sabe quais competências técnicas (hard skills) precisa desenvolver, que competências comportamentais (soft skills) merecem mais atenção e quais projetos ou ofertas de trabalho estão alinhados aos seus objetivos de longo prazo.
Currículo prejudicado
Essa consciência também impacta como você se posiciona no mercado. Profissionais que não vivem de “job-hopping”, mas sim de crescimento consistente, chamam a atenção dos recrutadores.
Eles demonstram foco, propósito e a capacidade de construir valor ao longo do tempo — algo muito valorizado, especialmente em processos seletivos internacionais.
Tipos de planos de carreira
Na trajetória de um profissional global, há múltiplos caminhos possíveis.
A seguir, vamos explorar os tipos de planos de carreira mais comuns. A partir desse conhecimento, você tem mais repertório para planejar sua trajetória de crescimento de acordo com o que cada empresa oferece.
Carreira em Y
A carreira em Y é um modelo que reconhece dois caminhos igualmente valorizados dentro da empresa: um voltado à gestão de pessoas e liderança de times, e outro à especialização técnica e inovação. O modelo equivalente nos EUA seria Dual Career Path.
Esse tipo de plano de carreira é muito comum em empresas de tecnologia maduras, que valorizam tanto a excelência técnica quanto a capacidade de liderar. É o modelo adotado por grandes players globais, como Google, Meta e empresas de produto com times sêniores bem estruturados.
Ponto positivo
Permite que o profissional continue crescendo em termos de reconhecimento, impacto e remuneração sem precisar abrir mão do que mais gosta de fazer.
Seja codar, liderar pessoas ou inovar tecnicamente, há espaço para avançar.
Ponto de atenção
Esse modelo exige autoconhecimento e clareza de propósito.
Muitos profissionais acabam migrando para a gestão por achar que é o “passo natural”, quando, na verdade, poderiam ter um impacto muito maior como especialistas.
Carreira em W
Trata-se de uma evolução da carreira em Y. Ela reconhece que, na prática, muitos profissionais transitam entre os dois lados do “Y” — alternando momentos de gestão de pessoas, liderança técnica e execução estratégica.
Não existe um termo específico nos EUA para esse modelo, mas a combinação entre as chamadas skills híbridas já é uma realidade.
Esse perfil contempla profissionais que têm atuação híbrida, capazes de equilibrar visão de negócio e profundidade técnica.
Na carreira em W, o profissional pode, por exemplo, liderar times durante um período, depois retornar a um papel mais técnico e, em seguida, assumir uma função de gestão de projetos ou de produto.
Esse modelo é mais comum em empresas dinâmicas, como startups em escala, empresas de produto digital ou organizações em fase de transformação tecnológica.
Ponto positivo
A carreira em W amplia o repertório e fortalece a visão sistêmica. Profissionais que entendem tanto de suas respectivas áreas técnicas quanto de negócio são altamente valorizados.
Ponto de atenção
O desafio está em manter foco e consistência. Alternar papéis exige resiliência e uma gestão clara de prioridades.
Carreira horizontal
Nesse tipo de plano, o avanço é medido pelo nível de contribuição, autonomia e especialização, e não por cargos gerenciais.
É uma estrutura muito comum em empresas com cultura ágil, times autônomos ou organizações com estruturas mais planas, como startups e empresas de produto digital que valorizam a colaboração e o aprendizado contínuo. Nos EUA, esse modelo é conhecido como Lateral Career Move.
Na prática: em vez de subir degraus de cargo, o profissional expande sua atuação lateralmente, assumindo responsabilidades que aumentam seu impacto mesmo que o título permaneça o mesmo.
Por exemplo, um Product Manager pode passar a liderar iniciativas interdisciplinares, participar da definição de métricas de negócio ou atuar mais próximo da engenharia e do design. Em um plano de carreira vertical, esse mesmo profissional poderia seguir para cargos como Group Product Manager ou Head de Produto, com foco maior em liderança de times e gestão estratégica.
Ponto positivo
Permite que o profissional cresça sem precisar migrar para a gestão, mantendo-se próximo da operação e da inovação técnica.
Ponto de atenção
Garantir visibilidade e reconhecimento. Em empresas com pouca maturidade de gestão de carreira, é comum que a progressão horizontal seja mal interpretada como “falta de crescimento”.
Por isso, é importante alinhar expectativas com a liderança e documentar resultados de forma clara dentro do plano de desenvolvimento individual (PDI).
Carreira vertical
A carreira vertical é o modelo mais tradicional — aquele em que o crescimento acontece de forma hierárquica, com promoções baseadas em cargos e níveis de senioridade.
O profissional sobe degrau por degrau, assumindo posições com maior responsabilidade, autonomia e impacto organizacional. O equivalente nos EUA é conhecido como Career Ladder.
Esse tipo de plano é bastante comum em empresas de grande porte ou organizações mais estruturadas, que têm trilhas de progressão bem definidas e políticas de promoção claras — como Júnior → Pleno → Sênior → Líder → Gerente → Diretor.
Ponto positivo
Estabilidade e previsibilidade. O profissional tem clareza sobre o caminho a seguir, os critérios para crescer e as competências esperadas em cada etapa.
É um modelo especialmente valorizado por quem busca reconhecimento formal, status hierárquico e segurança em longo prazo.
Ponto de atenção
Em contrapartida, esse modelo pode limitar a flexibilidade e a experimentação.
Em ambientes muito hierarquizados, a inovação tende a ser mais lenta, e o crescimento pode depender de fatores externos — como a abertura de vagas ou mudanças organizacionais.
Carreira em rede
A carreira em rede representa uma forma contemporânea e cada vez mais comum de crescimento profissional. Nos EUA, o termo usado é Portfolio Career.
Nesse modelo, o desenvolvimento não se limita a uma única empresa ou estrutura hierárquica. O profissional constrói conexões e experiências em diferentes contextos, acumulando conhecimento por meio de projetos, comunidades, mentorias, freelas, contribuições open source e parcerias com times de outros países.
A carreira em rede é típica de profissionais autogerenciáveis, que enxergam o aprendizado como algo contínuo e sabem que o valor da carreira está no repertório e nas relações que constroem.
Ponto positivo
A carreira em rede amplia a autonomia e as oportunidades. O profissional se torna protagonista da própria trajetória, podendo escolher projetos alinhados aos seus valores e metas.
Além disso, essa abordagem fortalece a empregabilidade internacional, já que cria visibilidade global e um portfólio que transcende fronteiras.
Ponto de atenção
O maior desafio está na gestão da consistência.
Com múltiplas frentes e conexões, é preciso definir prioridades claras e manter coerência entre os projetos que você aceita e o posicionamento profissional que deseja consolidar.
O valor de criar e gerenciar seu plano de carreira
Entender os tipos de planos de carreira é apenas o primeiro passo.
O verdadeiro diferencial está em criar e gerenciar o seu próprio plano de forma ativa, com base em autoconhecimento, clareza de objetivos e consciência sobre as oportunidades disponíveis no mercado — especialmente no contexto global.
A seguir, estão as quatro etapas que ajudam a transformar intenção em estratégia:
1. Autoavaliação: onde você está?
Antes de pensar no próximo passo, é essencial entender o ponto de partida. Isso significa avaliar suas habilidades atuais, resultados obtidos e o quanto elas estão alinhadas às competências mais valorizadas no mercado internacional.
2. Definição de destino: para onde você quer ir?
Um bom plano de carreira tem direção. Estabelecer metas de curto, médio e longo prazo é o que transforma aspirações em ações concretas.
- Curto prazo (6 meses): ajustes imediatos — como aprimorar o inglês, atualizar o portfólio ou dominar uma nova stack.
- Médio prazo (2 anos): evolução de cargo, liderança de projetos ou transição de área.
- Longo prazo (5 anos): consolidação de uma posição sênior internacional ou especialização em um nicho estratégico.
3. Identificação de gaps e PDIs
Depois de entender onde está e para onde quer ir, é hora de identificar os gaps — as lacunas entre as habilidades atuais e as exigidas pelo mercado ou pela posição desejada.
Transformar essas lacunas em um plano de desenvolvimento individual é o que torna o plano de carreira realmente acionável. O PDI ajuda a traduzir metas em iniciativas práticas, como cursos, certificações, mentorias ou experiências em projetos que aproximem você do próximo nível.
4. Gestão contínua e feedback
Fazer uma revisão periódica (idealmente, trimestral) permite ajustar rotas conforme o mercado muda e novas oportunidades surgem.
O feedback direcionado é uma ferramenta poderosa nesse processo. Conversas abertas com líderes, mentores ou recrutadores ajudam a enxergar pontos cegos e calibrar expectativas.
Nosso destaque na Strider, por exemplo, são as mock interviews: além de simular entrevistas reais, elas oferecem feedback individualizado, preparando o candidato para o salto internacional com base em competências técnicas e comportamentais exigidas por empresas dos EUA.
Transforme seu plano de carreira em um passaporte profissional
Investir no plano de carreira certo para seus objetivos profissionais orienta suas decisões, ajuda a reconhecer o momento de mudar de rota e garante que cada passo tenha um propósito.
A clareza sobre o que te motiva você e quais fatores sustentam seu crescimento permite identificar empresas que compartilham dos mesmos valores e objetivos, e dizer “sim” apenas às oportunidades que realmente fazem sentido.
Se você está pronto para dar o próximo passo na sua trajetória e quer acessar vagas remotas com empresas dos Estados Unidos, comece agora!






