Vistos de trabalho nos EUA: vale o esforço para um emprego?

Muita gente busca a chance de trabalhar no exterior por causa dos salários mais altos e da experiência internacional — mas o caminho pode ser longo, concorrido e cheio de etapas. Com isso, surge a dúvida: será que vale mesmo correr atrás dos vistos de trabalho nos EUA?
A resposta varia conforme o cargo, a área e o momento de vida de cada um. Neste artigo, explicamos como conseguir o visto de trabalho nos EUA, os tipos de visto, os obstáculos do processo, quando o remoto pode ser a melhor escolha e outras alternativas. Confira!
Quais vistos de trabalho existem nos EUA
Existem várias classes de visto temporário para trabalho nos EUA, e cada um deles tem uma especificidade diferente.
O primeiro passo para conseguir um visto de trabalho nos EUA é entender em qual dessas classes você se encaixaria ou deseja se encaixar. Conheça as principais de acordo com informações oficiais do governo americano:
- H1-B: permite que empresas americanas empreguem estrangeiros com conhecimento técnico e especializado que não sejam imigrantes.
- L-1: visto necessário para que empresas multinacionais transfiram para os EUA estrangeiros de escritórios de suas filiais de fora do país.
- O1: focado em habilidades extraordinárias em áreas como ciência, educação, esporte, negócio ou arte, e precisa da solicitação de uma empresa ou de um agente americano.
- T/N: visto temporário voltado apenas para canadenses e mexicanos cuja profissão se enquadre em uma lista prévia do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).
- EB-3: destinado aos brasileiros, têm três categorias e pode levar à obtenção da residência permanente, mas também precisa da existência de um empregador nos EUA.
- J-1: conhecido como visto de intercâmbio ou trainee, é voltado para pessoas que participam de programas de intercâmbio cultural, educacional ou profissional.
Como conseguir visto de trabalho nos EUA?
O processo para tirar um visto de trabalho nos EUA começa com a aprovação do Labor Condition Application (LCA).
Esse documento comprova que a empresa contratante oferece salário justo e condições dentro da lei. Alguns tipos de visto, como o H1-B, tem uma quantidade limitada de vagas; por isso, é importante ficar de olho no ‘cap season’, período anual em que o governo libera a cota.
Os custos de obtenção de visto incluem taxas de solicitação, taxas governamentais, despesas com documentos, traduções e, se necessário, horas de consultoria.
A empresa americana interessada deve apresentar o LCA aprovado para iniciar o pedido do visto. Conhecer essas etapas, prazos e valores é fundamental para aumentar as chances de sucesso, assim como entender que as normas e processos podem se alterar com o tempo.
Burocracia e riscos: vale o esforço?
A alta demanda por vistos de trabalho nos EUA gera um cenário bastante competitivo, com centenas de milhares de inscrições a cada ano em todas as classes. A limitação de cotas, especialmente para o H-1B, intensifica a disputa e aumenta a incerteza.
Fatores políticos também podem influenciar o andamento, dificultando o planejamento e tornando o cenário imprevisível.
Negativas aos pedidos de visto podem surgir devido a documentação incompleta ou critérios rigorosos que variam conforme a área de atuação, e a complexidade do processo pode gerar custos extras.
Essas dificuldades, somadas à espera por respostas, exigem paciência e recursos financeiros dos aplicantes. Por isso, é importante ter tudo isso em mente e estar bem preparado para enfrentar o processo.
Trabalho remoto para empresas dos EUA: alternativa sem visto
Como vemos, as etapas para conseguir o visto de trabalho americano são numerosas, envolvem investimento financeiro, e ainda há muita incerteza envolvida, já que a aplicação não é garantia de obtenção da permissão para trabalhar.
Uma alternativa para quem busca trabalhar para empresas americanas e ganhar em dólar é apostar em trabalhar à distância.
Atualmente, muitas empresas americanas já oferecem opções de trabalho remoto que permitem que estrangeiros trabalhem para elas sem precisar se mudar para os EUA.
O modelo remoto traz benefícios evidentes para os estrangeiros, como adaptabilidade de horários e salário em moeda forte — tudo isso sem custos migratórios ou necessidade de visto.
Apesar da flexibilidade, algumas empresas ainda exigem residência fiscal ou visto válido para manter a conformidade legal, que determina onde a empresa e o funcionário precisam cumprir obrigações tributárias.
Isso inclui retenções de impostos e contribuições sociais conforme a jurisdição, e é importante conferir essas questões para garantir que não haja problemas futuros.
Quando estiver buscando por emprego em empresas americanas, escolha uma que vá te orientar a cumprir todos esses requisitos.
Work from home × work from anywhere: modelos remotos
Ao optar pelo trabalho remoto para uma empresa americana, existem duas boas opções. A primeira delas é o work from home, em que o trabalhador atua em sua residência, que não precisa ser, necessariamente, no mesmo país da empresa.
Condições básicas para cumprir o trabalho, como boa conexão de internet, são de responsabilidade do trabalhador, com apoio da empresa.
Já o modelo work from anywhere permite que o trabalho seja realizado de qualquer lugar do mundo, desde que tenha o mínimo possível para que a função seja feita sem problemas.
É importante ter em mente as questões burocráticas em ambas as modalidades, especialmente no modelo work from anywhere, para evitar problemas legais, como citado acima.
Quando buscar visto de trabalho e quando optar pelo remoto
Quando chega a hora de escolher entre se mudar para os EUA ou optar pelo trabalho remoto, seja em sua casa ou em qualquer lugar do mundo, é essencial se questionar sobre o seu caminho profissional e definir critérios-guia.
Entender suas preferências de carreira, modelo de trabalho e suas prioridades pessoais são os pontos mais importantes dessa definição.
Na dúvida para entender seu caminho, dedique um tempo para refletir sobre algumas perguntas-chave, entender para onde se quer ir, e como conseguir chegar lá.
Algumas perguntas interessantes de se fazer nesse momento são:
- Quais são meus objetivos a longo prazo?
- Trabalho melhor integrado ao ambiente físico local ou prefiro receber em dólar morando no Brasil?
- Como a mudança para os EUA pode impactar minha estrutura familiar e planos futuros?
- Quais são os custos que essa mudança acarreta?
Em resumo, obter vistos de trabalho nos EUA oferece experiência presencial, mas exige paciência e investimento.
Já o modelo remoto entrega acesso rápido a projetos globais sem tanta burocracia.
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